Como a genética influencia no risco de arritmias em esportistas 

arritmias

Você já se perguntou por que, mesmo com uma rotina saudável e ativa, alguns atletas desenvolvem problemas cardíacos como as arritmias? Essa é uma dúvida muito comum no consultório e a resposta, na maioria das vezes, envolve uma combinação entre esforço físico intenso e predisposição genética. 

Neste artigo, quero conversar com você sobre como a genética pode influenciar o risco de arritmias em esportistas. Se você é atleta ou pratica atividades físicas com frequência, é importante entender o que está por trás dos sinais que o seu corpo pode estar tentando mostrar. 

O que são arritmias cardíacas e por que preocupam atletas? 

As arritmias são alterações no ritmo dos batimentos cardíacos. O coração pode bater mais rápido (taquicardia), mais devagar (bradicardia) ou de forma irregular. Em alguns casos, essas alterações não causam sintomas nem representam risco imediato, mas em outros, principalmente entre atletas, podem indicar condições mais sérias. 

O motivo da preocupação é simples: durante o exercício físico, o sistema cardiovascular é bastante exigido, por isso, se houver alguma falha nesse sistema — mesmo que silenciosa — ela pode ser potencializada com o esforço, levando a sintomas como palpitações, tonturas, desmaios e, em casos graves, até morte súbita. 

A influência da genética na saúde do coração 

A genética tem um papel fundamental em diversas doenças cardíacas, incluindo as arritmias. Algumas pessoas já nascem com mutações genéticas que afetam a condução elétrica do coração ou a estrutura dele.  

Mesmo que esses problemas não se manifestem na infância ou adolescência, eles podem surgir com o aumento da carga de treino ou do esforço físico. 

Entre as condições genéticas mais comuns associadas às arritmias estão a Síndrome do QT Longo, a Cardiomiopatia Hipertrófica, a Síndrome de Brugada e as Cardiomiopatias Arritmogênicas. Muitas dessas alterações são silenciosas e só são descobertas quando a pessoa apresenta sintomas ou realiza exames de rotina. 

Existe um risco maior para quem treina intensamente? 

Sim, a prática esportiva de alta intensidade pode ser um gatilho para a manifestação de doenças genéticas cardíacas. Isso não significa que o exercício causa a arritmia, mas sim que ele pode evidenciar alterações que já existiam. 

Por isso, é fundamental que atletas — profissionais ou amadores — realizem uma avaliação cardiológica completa antes de iniciar uma rotina de treinos intensos ou competições. E, se houver histórico familiar de doenças cardíacas, esse cuidado precisa ser redobrado! 

Quando suspeitar de risco genético? 

Existem alguns sinais de alerta que devem ser levados a sério: 

  • Histórico familiar de morte súbita em jovens; 
  • Casos de desmaios durante esforço físico; 
  • Sensação de palpitações ou “batedeira” no peito; 
  • Dor torácica ou falta de ar fora do normal; 
  • Diagnóstico familiar de doenças genéticas cardíacas. 

Se você apresenta algum desses sinais ou tem um parente próximo com histórico de problemas cardíacos, é essencial procurar um médico cardiologista especialista

Quando e para quem são indicados os exames genéticos? 

Os testes genéticos podem identificar mutações associadas a arritmias e outras doenças cardíacas hereditárias. Eles geralmente são indicados para pessoas com histórico familiar positivo ou quando os exames de imagem e avaliação clínica sugerem uma possível causa genética. 

Vale lembrar que o exame genético deve ser acompanhado por uma análise criteriosa, feita por um profissional especializado em cardiologia do esporte, que consiga interpretar os resultados e direcionar o melhor plano de cuidado. 

É possível prevenir arritmias em quem tem predisposição genética? 

Sim, e esse é um dos pontos mais importantes desta conversa. Ter predisposição genética não significa que o problema vai se manifestar. Com acompanhamento adequado, é possível monitorar o coração, ajustar a intensidade do exercício, iniciar tratamentos quando necessário e manter uma rotina saudável. 

Cada caso é único, e o acompanhamento médico permite individualizar as condutas, respeitando os limites e necessidades do seu corpo. 

A importância do acompanhamento especializado 

O coração de um atleta precisa de atenção especial. E, quando existe um risco genético envolvido, o cuidado deve ser ainda mais meticuloso. Como médica, meu papel é avaliar cada detalhe da sua saúde cardiovascular e garantir que você possa praticar atividade física com segurança, tranquilidade e rendimento. 

Hoje em dia, com a facilidade da telemedicina, é possível realizar uma consulta completa, mesmo à distância. Conversamos sobre seus sintomas, histórico pessoal, familiar, uso de medicações, rotina de treinos e analisamos exames prévios. Se necessário, indicamos exames complementares ou marcamos um retorno presencial para avaliação física. 

Acredite: a maioria das queixas pode ser resolvida sem prejuízo algum por meio da teleconsulta. Entre em contato comigo e agende uma consulta. Quero ajudar a você a alcançar seus objetivos!

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